O romancista irlandês John Banville em Paraty
Flip confirma presença do escritor irlandês John Banville em sua 11ª edição. Laureado pelo Booker Prize, autor irlandês lançará, pela Globo Livros, seu 16º livro intitulado Luz Antiga (Ancient Light). O romancista confirma presença na 11ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty –, que acontece entre os dias 3 e 7 de julho.
Seu .título mais recente, Luz antiga (Ancient Light), será lançado no Brasil pela Globo Livros (Biblioteca Azul) durante sua visita à Festa. O romance, o 16º publicado pelo autor, acompanha a história de um ator cuja carreira parece seguir para o fim – assim como sua própria vida. Diante do processo, Alexander Cleave passa a viver de suas recordações, memórias de seu primeiro amor (um relacionamento delicado com uma mulher bem mais velha e mãe de seu melhor amigo) e de sua falecida filha.
Banville é autor de uma obra em que se combinam uma dicção exuberante, marcada pelo lirismo e pelos jogos de linguagem, e enredos complexos. Dizendo-se influenciado acima de tudo pelo realismo sofisticado do americano Henry James, Banville é comparado pela crítica a mestres da literatura moderna como os irlandeses Samuel Beckett e James Joyce, e o russo Vladimir Nabokov. Colecionador de prêmios ao longo de sua trajetória, Banville foi agraciado, em 2001, com o Prêmio Franz Kafka, e receberá, no dia 22 de fevereiro, o Prêmio PEN irlandês em uma cerimônia em Dún Laoghaire. Seu maior sucesso, O Mar (2005), recebeu o Man Booker Prize, mais importante distinção da literatura em língua inglesa.
Escrevendo sob o pseudônimo de Benjamin Black, Banville publicou ainda sete romances policiais, entre eles O Cisne de Prata e O pecado de Christine (Ed. Rocco). Ambientados na Irlanda dos anos 50, os romances compõem uma intrincada teia de romances e adultérios envolvendo o protagonista Garret Quirke.
Nascido em 8 de dezembro de 1945, em Wexford (Irlanda), Banville, o mais velho dos três filhos do casal Doran Née e Banville Martin, declarou, após o período escolar, que a faculdade teria pouco benefício para ele. Dono de um espírito aventureiro, o escritor começou a trabalhar cedo, como balconista, na companhia aérea Aer Lingus, que lhe permitiu viajar a preços muito baixos. Na época, aproveitou para explorar países como Itália e Grécia e, mais tarde, se mudou para os Estados Unidos, onde viveu entre 1968 e 1969. Em seu retorno à Irlanda, trabalhou como jornalista e editor.
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