Chico explica qué es eso de escribir

Isabel Coutinho entrevistó a Chico Buarque en su casa de Alto Leblón en Río de Janeiro. Se trata de la primera entrevista que concede el carioca acerca de su flamente novela, "Leite derramado", que trepó a los primeros puestos de venta en Brasil, colocándolo como el único autor brasilero entre los más vendidos. Se trata de un suceso, no hay duda, y de una obra que desde distintos rincones del mundo viene siendo elogiada por un tono que ya a nadie debería sorprender: Chico Buarque es un gran escritor.
Algunas de las consideraciones del también músico brasilero sobre el arte de escribir:

- Eu achei que o processo de recordação de um velho indicava um caminho literário. O processo da memória do velho me pareceu um processo moderno de narrativa. Muitas vezes, essas histórias que aparecem e mais adiante reaparecem, contadas de outra forma, eu já usei em outros livros mas talvez como um exercício de estilo.
- A minha preocupação com a narrativa era tornar a fala ou a escrita - que é uma verborragia constante desse velho - fluida. Queria dar uma fluidez a essa narrativa que permite alguns capítulos sejam, na verdade, parágrafos únicos.
- Quem sabe que sou músico, que trabalho com música, ou mesmo talvez para quem não soubesse, daria para se perceber que esse autor mexe com música. É um autor que tem um ouvido musical. Agora eu, para pensar numa música, não preciso necessariamente de cantá-la. Dentro da minha cabeça tenho a melodia. E a melodia de cada frase do livro tinha que soar bem dentro da minha cabeça.
- Evidentemente que não escrevo como falo, nem pretendo reproduzir a linguagem oral, mas não creio que o livro inteiro seja escrito numa linguagem “démodée”. Acho que muitas vezes propositadamente é, mas não ao longo do livro todo.
La entrevista íntegra se lee también en el blog de Coutinho, la crítica portuguesa.

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