Como fazer bienais em tempos contemporâneos


Quando a Bienal de São Paulo foi criada, em 1951, ela era apenas a segunda bienal de arte do mundo, ao lado da Bienal de Veneza, lançada em 1895. Hoje, mais de 150 bienais compõem o cenário da arte contemporânea mundial, conectadas pela Biennial Foundation, organização independente que, em 2012, criou o Fórum Mundial de Bienais. 
Este ano, a segunda edição do encontro acontece em São Paulo de 26 a 30 de novembro, realizada em parceria com o ICCo - Instituto de Cultura Contemporânea e com a Fundação Bienal de São Paulo. Na ocasião, mais de 50 representantes de bienais se reunirão no Auditório do Ibirapuera para compartilhar experiências e discutir temáticas acerca do tema “Como fazer bienais em tempos contemporâneos”.

O Fórum considerará as bienais do ponto de vista do Hemisfério Sul, a partir do foco nas cidades de Dakar (Senegal), Istambul (Turquia), Jacarta (Indonésia) e São Paulo. Estas quatro cidades principais realizam bienais há pelo menos 20 anos, constantemente criando e colocando em prática novos conceitos e estruturas. Confira abaixo a programação completa.

10ª Bienal(1969)
A primeira edição do Fórum Mundial de Bienais, ocorrida em 2012, aconteceu na Coréia do Sul, paralelamente à 9ª Bienal de Gwangju, uma das mais relevantes do mundo, criada com a democratização do país, alcançada após um massacre sangrento em 1980. Em vez de um memorial comum, os governantes preferiram criar a bienal para homenagear os heróis nacionais. Segundo Daniel Rangel, diretor artístico do ICCo, “o primeiro Fórum propôs discussões muito pertinentes e criou interconexões de valor inestimável entre as bienais e todos os envolvidos. Trazer o evento a São Paulo é importante para construir uma atmosfera para aprender, compartilhar e formar práticas globais.”
O Fórum acontecerá paralelamente à 31ª Bienal de São Paulo e terá sua programação concebida pela equipe de curadoria da mesma: Charles Esche, Galit Eilat, Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente, Oren Sagiv, Benjamin Seroussi e Luiza Proença.
Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, acredita que a bienal deve tomar para si o desafio de sediar o WBF 2, “já que seu papel é buscar incessantemente novas configurações, reflexões e proposições no mundo da arte”.
A abertura, no dia 26, será marcada pelo discurso de Peter Osborne, diretor do Centro de Pesquisas em Filosofia Europeia Moderna da Universidade de Kingston, em Londres, que discutirá o formato das bienais na contemporaneidade.
Nos dias 27 e 28, estão programadas quatro mesas abertas ao público – 650 vagas serão disponibilizadas gratuitamente. Elas serão alternadas por workshops voltados aos representantes das bienais, que, nos dias 29 e 30, participarão de visitas a museus, galerias, ateliês e espaços culturais de São Paulo, Rio de Janeiro e Inhotim (MG).
As inscrições já estão abertas no site www.worldbiennialforum.org/pt-br


Comentarios

Lo más visto en la semana

Twitter