Primeira mostra individual do Fernando Campana na Baró Jardins
A galeria Baró têm o prazer de apresentar a primeira mostra individual do Fernando Campana. Quando o jovem Fernando Campana descobriu a linguagem radical de Ron Arad durante uma exposição no jardim botânico de Bruxelas, ele se impressionou e influenciou sua pesquisa criativa. Tentando não continuar com clichês, ele explorou uma nova dimensão, que explica a capacidade de visão.
Há também um método na variedade de expressões de arte que ele está colocando na mesa e sua capacidade de coletar e conectar-se às histórias que ele está juntando é sistemática. Você não consideraria a abordagem complexa em sua série ‘Robôs’ que está em sua mente desde sua infância. Ele queria se tornar um astronauta e este alter ego é sua máquina que está em constante produção.
A expressão de sua criatividade começa a partir daqui e o caráter dualista do robô é colecionar informações, sensações e memórias. Ele se lembra e esquece, porque a memória volta e torna-se uma história histórica, bem como uma sensação futurista. Recordando o futuro com os bonecos sujos de mercados ao lado das prisões, uma visão envenenada de uma tragédia relacionada à violência, que poderia ser um drama mental. Ele tem a força para agir nesta fase, ele expressa com extrema doçura sua dupla capacidade de ser bom, mas também ele é capaz de entender o pior.
A série ‘Macacos’ começou a ser criada um pouco antes da verdadeira tragédia da matança, a partir de sua relação ingênua com os macacos na infância. Naquela época, ele trazia consigo a esperança de domesticá-los ou de estabelecer um relacionamento humano, o que acarretou em um aprendizado de tolerar e respeitar o comportamento irracional. Os macacos acusados de transmitir febre amarela já estavam lá no papel em seu estúdio particular, exatos e precisos; e os belos retratos da humanidade desses primatas foram desenvolvidos com a intenção de comunicar o conceito sem sentido da diversidade. Ele sempre lutou em manter uma linha precisa entre quem se declarou e os rebatedores que estão tentando agir de alguma maneira. Esta tragédia foi usada como uma metáfora para ver nos macacos uma crítica social que colocou o dedo na pequena vontade burguesa de punir a diversidade.
Tudo é enquadrado por seus desenhos que são tão perfeitos para explicar, como um diário, sua rotina de processo de trabalho que está deixando uma forte lembrança para trás com a vontade de não esquecer. As peças autorais de Fernando Campana serão expostas em sua primeira exposição solo, intitulada como ‘Macacos & Robôs’, na Galeria Baró Jardins, entre os dias 14 de agosto a 10 de setembro de 2017.
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