Henrique Meirelles: "Estado deve proporcionar segurança para iniciativa privada"


"Em 1991, os gastos federais primários eram aproximadamente 10% do PIB, e chegaram a 20% no ano passado. Propomos que estes gastos passem a 15%, ainda superiores ao início da década de 90, imprescindíveis para o crescimento econômico consistente", disse Henrique Meirelles, em Almoço-Debate LIDE, realizado no Hotel Grand Hyatt, na capital paulista. Para o ministro da Fazenda, o Estado deve proporcionar segurança para investidores e empresários, a fim de que aumentem a produção, gerem empregos e, consequentemente, riqueza para todos.

"O Brasil de fato recomeçou a crescer. Saímos da maior recessão da nossa História, com uma contração de 7% no PIB. Temos baixa taxa de inflação e os juros reais também estão baixos. O desemprego ainda é alto, mas foram criadas mais de 1 milhão de empregos formais", comemorou Meirelles.

Em relação à Reforma Trabalhista, disse que a proposta é democrática, flexível e que moderniza a legislação. "Além da geração de empregos, temos de fazer reformas pontuais para produzir mais e melhor, como a proposta que temos do e-social, que reduz o tempo do contribuinte para pagamento de impostos pelas empresas em 75%, e a do Portal Único do Comércio Exterior, reduzindo o tempo de burocracia nas etapas de importação e exportação", exemplificou.

O ministro reconhece que o nível de tributação no Brasil é o maior entre nações emergentes, mas lembra que ainda há elevado déficit. "Temos de diminuir a carga tributária. Porém, esta redução passa por diminuir despesas. E diminui-las, passa pela aprovação da Reforma da Previdência", explicou. "Benefícios sociais são necessários e aposentadoria justa é fundamental. Mas a melhor política social é a geração de empregos e promover a qualidade da educação, não somente fazer aportes nessa área", salientou.

Quanto à Reforma da Previdência, Meirelles lembrou que ano próximo é um ano eleitoral, por isso, 2017 é o momento de aprová-la. "É de interesse de todas as forças políticas, mesmo daquelas que dizem não querer a sua aprovação, que isso seja resolvido ainda neste ano. Senão, os próximos eleitos terão de encarar este desafio", alertou.

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